segunda-feira, 26 de abril de 2010

Hospital

Ele se arma de mentiras e atira, sem dó
O sangue jorra em forma de lágrimas
A confiança vai para a UTI

Esperar pela cura é uma briga entre dois eus
Estoques no final, nada que amenize a dor
Todas as balas alojadas, na cabeça, no peito

Ele me olha como se estivesse tudo bem
Como se fosse natural me machucar
Não vê que estou morrendo
e o único remédio é a verdade

Não há doador compatível
Não há verdade
Não há amor sem verdade
Não há amor

Onde estão as músicas dos nossos sentimentos?
Onde estão as fotos dos nossos risos?
Tantos pores-do-sol que ainda não vimos...

Alimente o meu amor
Alimente-me com verdades
Injeção de carinhos sinceros
Fidelidade no soro, por favor
Choques de orgamos, suor
Sinais vitais se restabelecendo...

Esperar pela cura é uma briga entre dois eus

***

Um comentário:

Dani Costa disse...

A única maneira certa de escrever bem é escrever com vontade. Tá tudo lindo Amandita. Como você. Sempre que atualizar me dá um toque, vou adorar acompanhar seus poemas. beijão enorme, linda! Parabéns pela iniciativa!