quarta-feira, 20 de abril de 2011

"Gosto do cheiro de depois da chuva"
"Isso é coisa de quem escreve poesia"
Talvez seja.
É poesia o que escrevo? Só escrevo.
Sinto.
Sem esforço para parecer alguma coisa.
Talvez confunda.
Não deixa nítido o que sou. O que sou?
Cheiro de chuva.
Da que cai devagarinho e não destroi.
Da que molha a terra. E o concreto.
Que faz brotar. Que forma poça. Que seca.
Água em movimento.
Cheiro de vida.
Vida, simplesmente.